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E o metrô de Curitiba, será que sai?

E o metrô de Curitiba, será que sai?
Cezar Fernando
mar. 13 - 5 min de leitura
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Curitiba, capital do estado do Paraná, é considerada por muitos a "Europa Brasileira", mas ainda não possui metrô. A cidade das quatro estações em um dia, é inspiração para muitos países quando se trata de transporte público, e é conhecida internacionalmente pelas suas inovações e cuidados com o meio ambiente.

A capital paranaense vem crescendo a cada ano, e os trens junto com o setor metroviário sempre estiveram no imaginário dos governantes do Estado como uma boa solução para atender a população e continuar sendo referência lá fora. Mas, aí eu te pergunto: E o metrô de Curitiba, será que sai?

Descubra até o final deste texto! Vamos lá ...

Uma longa história antiga 

Como disse anteriormente, a cidade sempre esteve relacionada com a inovação e modernização e dentre as grandes - ainda não possui o sistema de metrô - sonho dos antigos dos governantes paranaenses. Embora o plano nunca tenha saído do papel, os primeiros trabalhos para a elaboração do estudo de impacto ambiental para sua construção foram datados em setembro de 1969, sob o comando do prefeito Omar Sabbag e dentre os nomes responsáveis estava Jaime Lerner, famoso arquiteto curitibano. O projeto previa a integração com o sistema de ônibus, entre os trechos do Capão Raso até o Santa Cândida, passando pelo Centro da cidade.

Foram gastos em valores da época 6,9 milhões reais, maior parte consumida pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), porém sem sucesso! Uma nova tentativa surgiu na gestão do prefeito Cássio Taniguchi, mas com um plano um pouco diferente do inicial. O projeto previa usar o trecho urbano da BR 116 (atual Linha Verde) para unir o bairro do Pinheirinho ao Atuba com trens elevados. E como você já imagina, o projeto voltou para as gavetas do Ippuc.

Em 2009, a Companhia Brasileira de trens Urbanos (CBTU), uma estatal federal, ofereceu cerca de 2,8 milhões de reais para que o prefeito da época, Beto Richa, começasse novamente o estudo de viabilidade para implantação do metrô. Foi apresentado então um novo projeto, que até então é a proposta mais atual - uma linha que liga o Pinheirinho ao Santa Cândida. A administração solicitou mais uma pesquisa complementar de impacto ambiental, mas o projeto não foi adiante.

O projeto Linha Azul

Ainda na gestão de Richa, a Linha Azul era vista como a primeira etapa do metrô e tinha como ideia inicial ligar o Santa Cândida e ao sul da Cidade industrial (CIC), em um trecho de 22 Km de extensão. A prefeitura da época previa  que a construção estivesse pronta antes do início da Copa do Mundo de 2014. Porém, a licitação que seria feita no modelo que previa parceria público-privada saiu apenas em 10 de junho do mesmo ano, quase nas vésperas do início do Mundial no Brasil. 

O edital previa que a empresa vencedora da concessão fizesse a operação por 35 anos, somente do trecho de 17,6 Km, que ligaria o CIC até o Terminal do Cabral e passaria pelos principais terminais deste trecho. Três meses depois da publicação do edital, o Tribunal de Contas (TCE-PR) solicitou a suspensão do processo. Na época, a prefeitura sob o comando de Gustavo Fruet refez o documento e informou que iria relança-lo em 2015, mas isso não aconteceu e acabou sendo abandonado com o fim dessa gestão.

Mas e aí, o metro sai ou não sai?

O metrô é uma ótima alternativa para minimizar o trânsito e os ônibus lotados, visto que Curitiba é a oitava capital mais populosa do país. Enquanto a velocidade média de um ônibus expresso em faixas exclusivas pode atingir 30 km/h, a do metrô pode chega em torno de 40 km/h. Além de contribuir para a redução de emissão de CO2, poderia atender cerca de 470 usuários, substituindo 110 ônibus. É uma vantagem significativa, não é mesmo? 

Desde que o prefeito atual da cidade, Rafael Greca, assumiu o cargo não demonstrou interesse em investir no setor metroviário, preferindo investir como alternativa o Veículo Leve sobre Pneus (VLP) - uma espécie de evolução do Ligeirão - considerado o maior ônibus do mundo, que tem 28 metros de comprimento e pode suportar 250 passageiros. 

O custo para a construção de um metrô é muito alto, por isso a prefeitura enxerga o projeto como um provável investimento futuro. Sendo assim, como podem ver, Curitiba só não é de fato um pedacinho de uma cidade europeia no Brasil, porque as cidades da Europa têm metro. Ou seja, a ideia ainda vai continuar pairando na cabeça dos governantes.

E aí, o que você acha? Você que é ou já visitou a cidade de Curitiba vê a necessidade de um trem como alternativa do transporte público? Deixe nos comentários!



 


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