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Cinco fatos incríveis sobre o vagão de ostras Stilwell

Cinco fatos incríveis sobre o vagão de ostras Stilwell
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nov. 6 - 4 min de leitura
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A busca por transportar ostras frescas e vivas para o interior dos Estados Unidos no final do século XIX resultou em uma invenção curiosa: o vagão de ostras Stilwell. Essa história combina o gosto requintado de magnatas ferroviários, a necessidade crescente de atender às demandas gastronômicas da alta sociedade e, surpreendentemente, um toque de excentricidade. 

Aqui estão cinco fatos fascinantes sobre esse vagão especial, que revelam um pouco da história desse transporte incomum. 


Fato 1: A febre das ostras nos anos 1800 

Durante a segunda metade do século XIX, os americanos desenvolveram uma paixão avassaladora por ostras. Preparadas de diversas maneiras – cruas, cozidas, em sopas, ensopados e até recheando peru assado – as ostras se tornaram um prato básico, especialmente para a elite, que buscava formas sofisticadas de degustá-las.  

A popularidade era tanta que, em Nova York, a média de consumo era de 600 ostras por pessoa ao ano. Entre 1880 e 1910, os Estados Unidos chegaram a colher mais de 160 milhões de libras de ostras anualmente. 

Com a construção da ferrovia Long Island Rail Road em 1868, a cidade de Sayville, em Nova York, tornou-se um ponto de envio de ostras para o famoso Fulton Fish Market.  

Durante anos, trens expressos saíam várias vezes ao dia, transportando toneladas de ostras frescas para os consumidores exigentes da cidade. 


Fato 2: O curioso mentor de Arthur Stilwell 

Arthur E. Stilwell (1859-1928), o homem por trás do vagão de ostras, não foi apenas um magnata ferroviário comum. Ele afirmava ser guiado por vozes em sua cabeça – especificamente fadas e duendes – que o levaram a construir mais de 3.000 milhas de ferrovia e fundar 40 cidades.  

As mesmas vozes o direcionaram a evitar Galveston, Texas, ao construir sua ferrovia, preferindo um porto mais ao sul, onde ele fundou a cidade de Port Arthur, batizada em sua homenagem. Curiosamente, Galveston foi devastada por um furacão em 1900, validando suas "intuições". 


Fato 3: A origem do vagão de ostras 

A necessidade de transportar ostras vivas da costa leste dos EUA para o interior levou à criação de um vagão especial, construído pela Pullman. O vagão foi projetado para manter as ostras em perfeitas condições durante a viagem, permitindo que chegassem frescas aos mercados e restaurantes de cidades distantes.  

Era uma inovação voltada para atender à crescente demanda da elite americana, que desejava consumir ostras da mesma forma que os nova-iorquinos. 


Fato 4: O declínio da obsessão por ostras 

Com o tempo, a demanda por ostras frescas começou a diminuir. A superexploração dos estoques e as mudanças nos hábitos alimentares contribuíram para o declínio da indústria.  

Hoje, o consumo de ostras nos Estados Unidos é significativamente menor, com a média de apenas três ostras por pessoa anualmente, em comparação com os números exorbitantes do século XIX. 


Fato 5: O fim trágico de Stilwell 

A vida de Arthur Stilwell teve um final trágico. Após uma vida de altos e baixos, ele faleceu em 1928, após sofrer um derrame. Sua esposa, Genevieve, devastada pela perda, cometeu suicídio dias depois.  

O destino final dos restos mortais de ambos permanece um mistério, pois suas cinzas desapareceram do crematório antes que pudessem ser memorializados. 

Esses fatos revelam não apenas a importância histórica e econômica do vagão de ostras, mas também a excentricidade e as inovações que surgiram no setor ferroviário para atender às demandas da sociedade da época. 


Fonte: Trains.com 


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