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Entrevista com José Balan Filho: A paixão pelo Ferromodelismo

Entrevista com José Balan Filho: A paixão pelo  Ferromodelismo
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mar. 10 - 4 min de leitura
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Confira a entrevista com José Balan Filho que irá falar um pouco sobre sua paixão, o Ferromodelismo.

Desde década de 1960, os brasileiros têm tomado gosto por esse hobby apreciado em todo o mundo. Diversos encontros são promovidos, e muitos entusiastas colocam suas maquetes à mostra. Algumas levam anos para serem concluídas e nem são levadas por completo nos eventos, de tão grandes que são.

Vamos conhecer mais da história deste apaixonado por trens e pela cultura do ferromodelismo.

1 - É sabido que você é um grande nome do ferromodelismo no Brasil. Quando tudo isso começou? Qual foi sua primeira maquete?

R: Comecei com a necessidade de a minha filha fazer uma maquete para a escola. Ajudei na maquete dela e, como coincidentemente havia passado por uma loja de presentes e comprado um conjunto básico da Frateschi (fabricante de modelos ferroviários sediada em Ribeirão Preto, SP), resolvi aproveitar uma mesa de ping pong que estava abandonada em minha casa e construir uma maquete sobre ela. 

Ela era uma maquete toda com temática do Paraná, inclusive com muitos pinheiros, que foram confeccionados com folhas de Endro. A maquete foi vendida quando vendi minha casa, já que o comprador só faria a compra se a maquete fizesse parte do negócio.

2 - Um fator importante em toda coleção é o investimento. Como o senhor lidou com isso? Pesou muito no seu bolso?

R: Nunca podemos esquecer que estamos lidando com um hobby. Os investimentos na família vêm em primeiro lugar. Como é um hobby que entusiasma, se não tiver controle das finanças, gasta-se mais do que o razoável. E o "razoável" implica ter juízo. No meu caso, sempre projeto uma maquete a longo prazo. Dessa forma posso escalonar minhas compras para que não pesem no meu bolso.

3 - Falando em investimento, hoje em dia você já é bastante conhecido nesse ramo. Quais são os retornos que o ferromodelismo lhe traz?

R: Os retornos nunca foram financeiros, mas de satisfação pessoal por fazer o que faço, por compartilhar meus poucos conhecimentos e pela oportunidade, nos eventos, de reencontrar os amigos e conhecer ao vivo e a cores os amigos que fiz pela internet. Gosto tanto dos eventos e do prazer que eles me dão que, costumo repetir que o dia mais importante para mim do evento é na véspera, quando encontro os amigos para colocar a prosa em dia e mato a saudade deles.

4 - Quanto tempo é gasto na confecção de uma maquete completa, em média?

R: Todas as minhas maquetes são criações pessoais. Com relação ao tempo, jamais eu determino datas para começo e fim, mesmo porque, sendo hobby, elas ocupam os espaços vagos dentro da minha programação de trabalho. Então um projeto que deveria durar um ano pode dura apenas seis meses, dependendo do meu tempo disponível, ou o contrário.  Outros, como a VALENE – uma siderúrgica da década de 40, iniciei em 2010 e ainda não terminei. Estou na terceira fase, que é a construção do porto da maquete. A quarta fase é a etapa do "acabamento fino", quando levo o cenário aos mínimos detalhes.

5 - As réplicas de locomotivas e vagões são inspiradas em trens reais. Qual o nível de fidelidade dessas peças?

R: Não tenho nem conhecimento nem capacidade para produzir esse tipo de material, então não faço réplicas de nenhum tipo de material rodante. Costumo transferir para os que sabem, ou seja, já recebo os produtos prontos.

6 - Que dicas você daria para quem quer se aventurar no ramo do ferromodelismo?

R: O modelismo ferroviário é um hobby que vicia, mas em compensação ele traz muitos amigos e horas super agradáveis. Além disso, é ótimo como terapia! Hoje a maioria dos meus amigos, aqueles com que compartilho momentos da minha vida, são todos do hobby. E os efeitos benéficos para mim são tão grandes que fiz uma frase: "Houve um tempo que eu trabalhava para curtir o meu hobby. Hoje eu curto o meu hobby para conseguir trabalhar..."

E você, já mexeu com ferromodelismo? O que achou da entrevista? Deixe um comentário!


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