O setor ferroviário é uma alternativa promissora para o futuro do transporte mundial. A multiplicidade de novas tecnologias que estão sendo propostas para este meio transforma os veículos ferroviários em uma boa opção com grandes investimentos dos governos e das iniciativas privadas. Confira a seguir algumas possíveis novidades dos trens do futuro!
A Hipervelocidade
Os trens do futuro serão alternativas para ganhar tempo no dia a dia. A velocidade, ou melhor, a hipervelocidade é uma das principais expectativas. Fora do cotidiano, essas novas locomotivas despertam o interesse para longas viagens, podendo se tornar mais econômicas que os aviões.
O Japão, país onde foi inventado o primeiro trem bala do mundo, avançou construindo um veículo ferroviário ainda mais veloz: o Maglev – abreviação do termo "magnetic levitation" (levitação magnética). Esta máquina pode viajar a uma velocidade aproximada de 630 Km/h. Por ser equipado com ímãs, ele flutua sobre os trilhos, o que permite atingir uma alta velocidade com baixo consumo de energia e pouco ruído. A capacidade do trem ainda precisa estimada.
A China não quis ficar para trás: também construiu sua “versão” do Maglev, que possui a mesma estrutura do trem japonês. O trem Shanghai Transrapid pode chegar a uma velocidade máxima de 430 Km/h, e é considerado o trem comercial mais rápido do mundo. Em pouco mais de 7 minutos percorre um trajeto de 30 Km.
O inovador Elon Musk – CEO da SpaceX e co-fundador da Tesla Motors – criou um projeto voltado à hipervelocidade chamado Hyperloop. Na teoria, o veículo seria capaz de atingir a marca de 1200 Km/h, e o projeto prevê o uso de fontes de energias sustentáveis como a eólica e a solar. Um protótipo do projeto de Musk foi criado por estudantes da Universidade Técnica de Munique (Alemanha), que fizeram parte da quarta edição da SpaceX Hyperloop Pod Competition - concurso promovido pela SpaceX. A cápsula atingiu a marca de 463 Km/h.
O futuro dos trens de carga
O Centro Aeroespacial Alemão (DLR), preocupado com o transporte ferroviário, busca contribuir para os projetos das locomotivas do futuro. Por intermédio de um projeto chamado NGT Cargo (Next Generation Trains, ou “trens da próxima geração”), procura melhorar o sistema de carregamento e descarregamento e toda operação logística de cargas.
O NGT Cargo será um trem composto por vagões individuais e locomotivas de alta tecnologia. Por meio de um sistema de navegação autônoma, os vagões podem realizar viagens do fornecedor ao cliente, onde são feitos o carregamento e descarregamento das cargas. Após isso, são acoplados automaticamente à composição, formando um comboio. Durante o trajeto, é possível formar novas composições, devido às várias etapas de embarque e desembarque dos vagões individuais.
Cada vagão possui um motor próprio, um conjunto de propulsão elétrica e um reservatório de energia a bordo, permitindo que a viagem seja realizada sem intervenção humana. Para operações em trilhos de alta velocidade, duas locomotivas são necessárias para fornecer tração adicional ao grupo de vagões individuais, e poderão atingir a velocidade de até 400 km/h.
A sustentabilidade
O tema tem aparecido nas discussões de como será o transporte da próxima geração, pois sabe-se que uma grande parcela dos problemas ambientais está ligada aos meios de transportes que temos hoje. Isso tem levado muitos cientistas a trabalhar em função de projetos sustentáveis, para que a camada de ozônio não seja agredida e se reduza a emissão de gás carbônico na atmosfera.
A Alstom – uma empresa francesa que opera em todo o mundo nos mercados de transporte ferroviário –, lançou em 2018 na Alemanha os primeiros trens movidos a hidrogênio, que não emitem poluentes para a atmosfera. Os trens podem transportar 300 passageiros por vez, e chegam a uma velocidade de 140 Km/h, além de percorrer cerca de 1000 Km com apenas um tanque de hidrogênio, algo semelhante à capacidade dos trens a diesel, porém de maneira “limpa”.
A fase de testes ocorreu nas cidades de Cuxhaven, Bremerhaven, Buxtehude e Bremervoerde, e mais 14 trens são esperados até 2021. Com isso, a Alemanha espera reduzir as emissões de CO2 em 40% em 2020, em comparação aos anos de 1990.
E aí, amante da Ferrovia? Já fez suas malas para o futuro? Qual é a sua opinião sobre esse novos trens que irão mudar o mundo? Comenta aí!